MIGUEL BATISTA DE SIQUEIRA
CADEIRA Nº 45 – PATRONO
Começou a trabalhar ainda jovem, como balconista. Foi bancário, exerceu a presidência da Associação dos Delegados de Goiás por dois mandatos e dirigiu a Faculdade de Direito da PUC- Goiás. Exerceu advocatícia cível e penal, pós-graduou-se em Direito Penal, Processual Penal e Processual Civil. Por mais de 50 anos, Migue Batista esteve nas salas de aula.
Foi professor de faculdade quase toda a vida. A primeira vez que utilizou giz e quadro negro como instrumento de trabalho foi em 1955. O jovem nascido em Souzânia, região de Anápolis, já cursava Direito em Goiânia quando foi nomeado professor a 4ª série do ensino fundamental, em Niquelândia.
Como não havia advogados na cidade, Miguel foi designado defensor pelo o juiz da comarca.
Enquanto estudante de Direito, foi solicitador acadêmico em Natividade, Porto Nacional, Posse, entre outras cidades. Também foi nomeado promotor, já que na época era difícil preencher vagas nessa carreira, o que levava o judiciário a convocar estudantes. Graduado em 1959 pela UFG, radicou-se novamente em Goiânia. Em 1962, aprovado em concurso público para Delegado, assumiu o cargo em Morrinhos, retornando posteriormente à capital. Eleito presidente Associação dos Delegados de Goiás, vencendo o postulante escolhido pelo secretario de Segurança Pública da época. Em represália, foi transferido para Ceres, depois Paulo Afonso. Não tardou para que fosse afastado do cargo, acusado de subversão. Nesse período, exerceu a advocacia e o magistério.
Chegou a ser preso, passando 25 dias atrás das grades. Nada foi aprovado contra o delegado, mas ele continuou deixado “de molho” até 1983. Em 1984, instalou o curso de especialização em Direito Penal e Processual Penal. Seis anos depois, assumiu a Secretaria de Segurança Pública. Em 1991, aposentou-se do cargo de Delegado.